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Tudo o que precisamos está dentro de nós!

O responsável pela gestão emocional é o hipotálamo, integrado no sistema límbico. Por sua vez, o hipotálamo está interligado com o córtex, responsável pelo pensamento (influenciam-se um ao outro). Nessa lógica, a forma como pensamos vai interferir na secreção de determinadas hormonas e consequentemente interferir com o nosso estado de humor.

Também existe o contrário, devido a hábitos de vida pouco saudáveis (e.g. deitar tarde, alimentação rica em hifdratos e açúcares, entre outros), as hormonas manifestarem o seu descontentamento através de picos de irritabilidade, menor capacidade de resolução de problemas, sistema imunológico mais fraco e menor capacidade de concentração.

A pessoa que vive num contexto de guerra ou de alto nível de stress, tenderá a ter uma maior produção de adrenalina e cortisol (sistema nervoso simpático ativado), o que acarreta custos a nível energético. O sistema simpático dispara ao mínimo sinal de alerta de perigo, real ou imaginário, acelerando o organismo no sentido de um melhor rendimento físico para a fuga ou enfrentamento da situação. É por esse motivo que aumentamos a respiração, os batimentos cardíacos e o tónus muscular, entre outros. Isto tudo acontece em segundos! Felizmente é aplicado o processo de regulação do equilíbrio do organismo humano (princípio da homeostasia).

Contudo, se a pessoa estiver exposta por longos períodos ao stress, pode acontecer que o organismo fique esgotado sendo importante ativar o sistema nervoso parasimpático, que é conseguido através da meditação, técnicas de relaxamento,  mindfulness, ioga ou através de exercício físico.

Propõe-se uma atividade lúdica para integrar o seu “Kit Individual das emoções”. Para a sua realização apresentam-se 3 etapas:

  1. Construir o “eu emocional” direccionado para crianças dos 5 aos 11 anos de idade (se interessados, jovens mais velhos também podem fazer);
  2. Descrição da função das emoções que constam do “eu emocional”;
  3. Modo de utlização.

 

Passo 1 – Construir o “eu emocional”

Um pau para segurar a estrutura (pau de gelado, lápis)
Desenhar um círculo com 5 cm de diámetro respeitando a cor e formato do cabelo da criança em questão.
Colar o pau à frente desse círculo.
Desenhar 5 círculos da cor da pele com o mesmo diámetro.
Decorrá-los com as seguintes emoções: raiva, surpresa, surpresa, alegria, tristeza, medo.

Tenha como base o seguinte site: https://www.paulekman.com/resources/universal-facial-expressions/

Dobrá-los no centro.
Colar a metade superior no cabelo (que é a base).
Colar a metade inferior do primeiro círculo na parte superior do segundo círculo e assim sucessivamente até o último chegar à base inferior do cabelo (efeito acordeão).

Demonstração vídeo

Passo 2- Descrição da função das emoções

Raiva Destruir uma injustiça.
Surpesa Orientar o comportamento.
Alegria Repetir o comportamento.
Tristeza Pedir ajuda e reintegrar a normalidade sem o objeto/situação/pessoa perdida.
Medo Proteção.

 

Passo 3 – Modo de utlização

  1. Uma vez que a criança ajudou a fazer o “eu emocional” já se encontra familiarizada com as 5 emoções básicas.
  2. Identificar as emoções – perguntar à criança “o que sentes?”.
  3. Descodificar o que cada emoção pretende sinalizar, com ajuda da tabela das funções básicas.
  4. Identificar e diminuir as fontes de mal-estar para reduzir emoções com sensações desagrádaveis.
  5. Identificar e possibilitar fonte de bem-estar para aumentar as emoções agradáveis.

 

Referências bibliográficas:

Damásio, A, (2003). Ao encontro de Espinosa. As emoções sociais e a neurologia do sentir. Lisboa: Europa-América.

Queirós, M. (2014). Inteligència Emocional – Aprenda a ser Feliz.