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O medo é uma emoção básica que tem uma função adaptativa ao longo do desenvolvimento da da espécie humana.

Isto é, ele existe para nos alertar e proteger de eventuais perigos, tendo assim, no fundo uma função protetora. É uma resposta natural a um estímulo físico ou imaginado que pode estar a colocar o bem-estar ou a segurança da criança em perigo. No entanto, é importante distinguirmos o medo adaptativo do medo desadaptativo. O primeiro tem como objetivo proteger as crianças, sendo exemplo disso, o medo das alturas, de estranhos, de atravessar a estrada, entre outros.

Já os medos desadaptativos são aqueles que são baseados em avaliações imprecisas e incoerentes de estímulos e situações específicas, que prejudicam o funcionamento da criança no contexto escolar, social e familiar. Sendo importante avaliar a influência do mesmo na interação da criança com o meio ambiente. Refira-se ainda, que os medos funcionam como tarefas desenvolvimentais, tendo estes como objetivo colocar a criança diante de uma situação específica para esta posteriormente ultrapassar e assim, promover a sua autonomia e desenvolvimento emocional. Sendo assim importante que a criança enfrente os seus medos (Baptista, 2000).

Medos desenvolvimentais (mais comuns) dos 2 aos 6 anos, transversais a várias culturas e civilizações:

– Medo do escuro; animais em geral; ficar sozinho; seres imaginários: monstros, fantasmas, entre outros; pessoas mascaradas (carnaval, pai natal,…); perda/separação prolongada dos pais; dos “maus”, ladrões.

Medos desenvolvimentais (mais comuns) dos 6 aos 11 anos:

– Acontecimentos sobrenaturais; feridas; sofrimento físico; morte; aspetos escolares. De modo a que a criança não se deixe dominar pelo medo é importante criar oportunidades para que ela desenvolva as competências necessárias para enfrentar e dominar as situações temidas.

Bibliografia:
Costa, S. (2018), Cubo do Medo in Costa, S (org.). Kit Missão Emoção I, Lisboa:
Mochinhos da Sabedoria Edição, p. 30-31.